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Foi criado após a redemocratização do
Brasil, com o fim do
Regime Militar, em
1985, sob o nome de
Partido da Juventude (
PJ), havendo participado com esta denominação das eleições de
1985,
1986 e
1988. Posteriormente, no início de
1989, foi renomeado como
Partido da Reconstrução Nacional (
PRN), sempre presidido pelo advogado
Daniel Tourinho, antigo filiado do
PDT.
A bandeira política do partido, desde sua criação, tem sido o
liberalismo e, portanto, a
economia de mercado e o
livre comércio, sendo visto como um partido de
direita ou
centro-direita, no espectro político. Apesar de pequeno, lançou uma chapa própria às eleições presidenciais diretas de
1989, tendo
Fernando Collor de Mello, ex-
governador do estado de
Alagoas, como candidato a Presidente da República e
Itamar Franco,
senador por
Minas Gerais, como candidato a Vice-Presidente. A chapa sagrou-se vitoriosa, mas em
1992 Collor sofreu
impeachment, e Itamar exerceu a Presidência até
1994, completando o mandato presidencial.
Depois do
impeachment de Collor e da posse de Itamar, o partido encolheu e voltou a ser mais uma sigla "nanica". Nas eleições de
1994lançou o empresário baiano
Walter Queirós, que acabou expulso do partido em plena campanha, e substituído pelo também pouco conhecido
Carlos Antônio Gomes.
Depois de ter eleito menos de 20 prefeitos e um igualmente baixo número de vereadores nas eleições de
1996, repetindo o resultado pífio em
1998, o partido muda novamente de nome para
Partido Trabalhista Cristão (PTC) em fins de
2000, colhendo melhores resultados.
[editar]O período como Partido da Juventude (1988-89)
No rastro dos acontecimentos que levaram ao fim do
Regime Militar de 1964 e a eleição de
Tancredo Neves para Presidente da República, o governo restabeleceu garantias constitucionais tolhidas por dispositivos conhecidos como “entulho autoritário”. Nesse contexto,
José Sarneyreabilita 164 líderes sindicais cuja atuação sofria restrições ante as “salvaguardas” editadas pelos militares, reabilita o ex-presidente
João Goulart (falecido em 1976) e convoca a Assembleia Nacional Constituinte. No campo partidário as legendas criadas após a reforma de
1979ganham a companhia do Partido da Frente Liberal (atual
DEM), de dois partidos
comunistas e de um sem-número de pequenas agremiações dentre as quais o Partido da Juventude, embrião do PRN.
Tendo o
Rio de Janeiro como base eleitoral, em
São Paulo o Partido da Juventude apresentou
Arnaldo Faria de Sá candidato a vice-prefeito na chapa de
Paulo Maluf em
1988 num pleito vencido por
Luiza Erundina. Nesse meio-tempo, Faria conheceu Fernando Collor e em meio às articulações visando as eleições presidenciais de
1989, o então governador de
Alagoas encarregou o deputado paulista de estruturar o PJ com vistas ao pleito e assim em
9 de fevereiro de
1989 é fundado o Partido da Reconstrução Nacional. Presidido pelo advogado Daniel Tourinho (ex-PDT), o PRN homologa Fernando Collor e Itamar Franco como candidatos a Presidente e a vice-presidente da República e usa provisoriamente o número 20 (do
Partido Social Cristão) durante a campanha, encerrada com a vitória no segundo turno em
17 de dezembrode
1989.
[editar]O período como o Partido da Reconstrução Nacional (1989-2000)
No Congresso Nacional o
PRN possuía como seus mais destacados líderes o senador
Ney Maranhão e o deputado (e futuro senador)
Renan Calheiros, líder do governo na Câmara dos Deputados. Em
1990, o partido levou ao segundo turno cinco dos seus dez candidatos a governador, entretanto o curso da campanha foi adverso aos planos da legenda: em Minas Gerais,
Hélio Costa (depois ministro das comunicações do Governo Lula) foi derrotado por
Hélio Garcia, no Paraná,
José Carlos Martinez (proprietário da
Central Nacional de Televisão e futuro presidente do PTB) foi vencido por
Roberto Requião e em Rondônia,
Valdir Raupp (hoje senador pelo PMDB) sucumbiu ao avanço de
Osvaldo Piana. No
Nordeste a derrota atingiu João Castelo e Renan Calheiros. Nos dois casos, o PRN iniciou a disputa como favorito, todavia o cenário foi paulatinamente revertido: no
Maranhão, o apoio de
José Sarney permite que
Edison Lobão derrote João Castelo e em
Alagoas uma dissenção partidária elegeu
Geraldo Bulhões (que trocou o PRN pelo
PSC no início do ano) em lugar de Renan Calheiros. Encerrada a campanha
Márcia Kubitschek foi eleita vice-governadora do
Distrito Federal na chapa de
Joaquim Roriz (então no também extinto
PTR) e o partido elegeu dois senadores e quarenta deputados federais (metade oriunda do Paraná, São Paulo e Minas Gerais).
Embora nenhum de seus membros tenha sido nomeado para o ministério o PRN integrou a base parlamentar de Fernando Collor ao lado do PFL e do
PDS e elegeu noventa e oito prefeitos em 1992 ante as três conquistadas pelo Partido da Juventude em
1988, entretanto as acusações que pairavam sobre o Presidente da República e a posterior abertura do processo de
impeachment têm um efeito devastador e a legenda faz apenas um deputado federal em
1994. Nas eleições presidenciais daquele ano, o candidato baiano Walter Queirós foi substituído por Carlos Antônio Gomes, que obteve apenas 387.611 votos, uma contagem bisonha ante os 35.085.457 votos pró-Collor no segundo turno de
1989.
No ano
2000 as lideranças do PRN deliberaram pela mudança de sigla e surgiu então o Partido Trabalhista Cristão. Porém, nesse período, Collor já não estava no partido, estabelecendo-se à época no
Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB).
[editar]O atual Partido Trabalhista Cristão
Em
2000, o candidato do partido à prefeitura de São Paulo,
Ciro Moura, ganha seus "15 minutos de fama" ao não mostrar o rosto em nenhum programa eleitoral. Nas eleições de
2002, apoia o ex-governador fluminense
Anthony Garotinho, então no
PSB, à Presidência da República.
O PTC costuma abrigar em seus quadros alguns artistas que tentam se candidatar: o cineasta
José Mojica Marins, o "Zé do Caixão", tentou candidatar-se a
vereador na cidade de
São Paulo, sem muito sucesso. Em
2006, o estilista e apresentador de TV
Clodovil Hernandes (que faleceu estando já filiado ao
PR) conquistou uma vaga na
Câmara dos Deputados, também pelo estado de São Paulo, ao obter uma votação expressiva para o cargo – a terceira maior em todo o país. Com sua morte, em março de
2009, o coronel da Policia Militar
Paes de Lira, que houvera recebido pouco mais de seis mil votos, assumiu o seu lugar.
Nas eleições de 2008, o PTC lança Ciro Moura como Prefeito da cidade de São Paulo. O partido chega a lançar um candidato monarquista, Jean Tamazato
/ citado pela jornalista Sônia Racy, do Estadão Dr. Havanir (ex-PRONA), o empresário
Oscar Maroni,
Osmar Lins, o "
Peroba" (ex-PAN) e outros quase 60 candidatos compuseram a chapa. Nenhum candidato do PTC conseguiu se eleger.
[editar]Eleitos para a Câmara dos Deputados
54ª 2011-2015 | 1 | 0,19 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 1 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | -2 |
53ª 2007-2011 | 3 | 0,58 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 1 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 1 | 0 | 0 | 0 | 1 | 0 | +3 |
52ª 2003-2007 | 0 | | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | ±0 |
51ª 1999-2003 | 0 | | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | |
[editar]Participação do partido nas eleições presidenciais
2010 | Dilma Rousseff (PT) | Michel Temer (PMDB) | PT, PMDB, PR, PSB, PDT, PC do B,PSC, PRB, PTC e PTN | 55.752.529 | 56,05 | 1º |
2002 | Anthony Garotinho(PSB) | José Antonio Figueiredo (PSB) | PSB, PGT e PTC | 15.180.097 | 17,86 | 3º |
1994 | Carlos Antônio Gomes | Dilton Carlos Salomoni | sem coligação | 387.738 | 0,61 | 7º |
1989 | Fernando Collor de Mello (PRN) | Itamar Franco (PRN) | PRN, PSC, PTR e PST | 35.089.998 | 49,94 | 1º |